#70. Interseccionalidade [bii]

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Nos últimos anos, a interseccionalidade se popularizou. A palavra aparece no título de vários livros, em documentos oficiais de governos e até em artigos de opinião analisando o Big Brother, publicados em revistas de grande circulação, mas afinal o que é a interseccionalidade? Qual a origem dessa ideia? E como aplicá-la? Esse episódio, que inaugura nossa linha de breves introduções incendiadas, buscará responder essas questões. O objetivo não é esgotar o assunto, mas oferecer uma introdução rápida, porém de qualidade, além de indicar uma trilha de leitura.

Para aprofundar o estudo:

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.
BILGE, Sirma. Intersectionality Undone: Saving Intersectionality from Feminist Intersectionality Studies. Du Bois Review: Social Science Research on Race, v. 10, n. 2, p. 405–424, ed 2013.
COLLINS, Patricia Hill. Intersectionality as critical social theory. Durham: Duke University Press, 2019.
COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo Editorial, 2021.
CRENSHAW, Kimberlé. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics. University of Chicago Legal Forum, v. 1989, n. 1, p. 139–167, 1989.
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos feministas, Florianópolis, v. 1, 2002.
CRENSHAW, Kimberlé. Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence against Women of Color. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241–1299, 1991.
HANCOCK, Ange-Marie. Intersectionality: an intellectual history. New York, NY: Oxford University Press, 2016
HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, v. 26, p. 61–73, jun. 2014.
KERGOAT, Danièle. Dinâmica e consubstancialidade das relações sociais. Novos estudos CEBRAP, p. 93–103, mar. 2010.
PUAR, Jasbir. “Prefiro ser um ciborgue a ser uma deusa”: interseccionalidade, agenciamento e política afetiva. Meritum, Revista de Direito da Universidade FUMEC, 2013.
YUVAL-DAVIS, Nira. Intersectionality and Feminist Politics. European Journal of Women’s Studies, v. 13, n. 3, p. 193–209, 1 ago. 2006.

#66. Nilma Lino Gomes – O movimento negro educador

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Nessa semana recebemos a Nilma Lino Gomes, que é doutora em antropologia pela USP, professora da UFMG e ex-Ministra da Igualdade Racial. A Nilma tem se consolidado como uma das principais pesquisadoras do país sobre relações raciais, além de já ter atuado diretamente na gestão das políticas de igualdade racial. Nilma nos contou sobre sua trajetória acadêmica e seu mais recente livro O Movimento Negro Educador, que investiga como o movimento negro tem produtivo e sistematizado conhecimento produzido sobre a população negra. Além disso, convidamos várias pesquisadoras que estudam sobre o movimento negro, ações afirmativas e produção de conhecimento para discutir como suas reflexões dialogam ou são influenciadas pela obra de Nilma. Participaram conosco dessa conversa: Luciana de Oliveira Dias (UFG), Regimeire Oliveira Maciel (UFABC), Stephanie Pereira de Lima (UNICAMP) e Tayná Victória de Lima Mesquita (UNICAMP). Regina Facchini e Thiago Coacci mediaram o debate.

Esse episódio é fruto da nossa parceria com o Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, da UNICAMP, e o Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença, da USP. A conversa foi originalmente transmitida ao vivo pelo youtube no ciclo de debates Gênero e Desigualdades e agora se torna esse episódio.

Minutagem do episódio:

10:30: Início da homenagem à Nilma. Nilma conta sobre sua trajetória e sobre o livro O Movimento Negro Educador
36:25: Fala inicial Luciana
56:54: Fala inicial de Regimeire
1:15:01: Fala inicial de Stephanie
1:30:35: Fala inicial de Tayna
1:46:24: Nilma reage às falas
1:58:30: Perguntas e respostas

#47. Lélia Gonzalez – Recepção

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O episódio dessa semana traz a terceira e última parte da nossa série sobre Lélia Gonzalez, que foi uma das grandes intérpretes do Brasil e das pioneiras do pensamento feminista negro em nosso país. Nesse episódio, Flávia e Alex nos contaram sobre as dinâmicas de apagamento e do recente resgate do trabalho de Lélia Gonzalez, sobre como o trabalho da feminista negra influencia seus próprios trabalhos e por último responderam algumas perguntas da plateia que assistiu a gravação. Com isso, encerramos essa série, na esperança de ter ajudado a levar o nome e a riqueza do trabalho de Lélia Gonzalez para uma nova geração de pessoas na academia e nos movimentos sociais.

O formato dessa série é um pouco diferente dos nossos episódios convencionais e foi uma conversa entre quatro pessoas. Gleicy Silva e eu entrevistamos o antropólogo e geógrafo Alex Ratts e a socióloga Flávia Rios. Além de especialistas na obra de Lélia, Alex e Flávia foram responsáveis pela escrita de sua biografia, que esse ano completa dez anos de publicação. A conversa foi originalmente transmitida ao vivo pelo youtube no ciclo de debates Gênero e Desigualdades e agora se torna essa série de episódios que você ouvirá a primeira parte.

Essa série é fruto da nossa parceria com o Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, da UNICAMP, e o Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença, da USP. Agradeço imensamente à Regina Facchini e à Carol Parreiras pela organização e produção desse debate.

Recentemente, a obra de Lélia Gonzalez foi reunida em uma coletânea publicada pela União dos Coletivos Pan Africanistas. O livro pode ser adquirido diretamente em contato com o coletivo: ucparbg@gmail.com

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