Nessa semana, conversamos com a Talita Fernandes, que é doutoranda em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismos na UFBA. Nossa conversa foi sobre sua dissertação Mulheres em Luta: um mapeamento do ativismo dentro do universo gravídico-puerperal. Por meio de uma etnografia do movimento pela humanização do parto e nascimento de Belo Horizonte e entrevistas com algumas ativistas chave, Talita analisou as trajetórias das ativistas, os sentidos construídos pelas ativistas sobre essa luta, suas estratégias e muito mais. Dessa maneira, contribuiu para uma compreensão mais aprofundada sobre esse movimento social que vem denunciando as violências obstétricas em nosso país e no mundo.
Nessa semana, conversamos com Livia Ciabatti sobre seu mais recente artigo Sexismo científico: o viés de gênero na produção científica da Universidade de São Paulo, publicado na Revista de Saúde Pública. Lívia e suas parceiras de pesquisa coletaram as métricas de publicação de todos os professores e professoras da USP para avaliar os efeitos da desigualdade de gênero na carreira científica. Os resultados revelam que os homens vem apresentando métricas melhores que as mulheres em todas as etapas da carreira nos últimos 70 anos e se nada for feito para alterar a situação, a tendência é de que a desigualdade não será superada. Dessa maneira, seu trabalho nos oferece dados empíricos de qualidade que escancaram o sexismo na ciência brasileira.
Nos últimos anos, a interseccionalidade se popularizou. A palavra aparece no título de vários livros, em documentos oficiais de governos e até em artigos de opinião analisando o Big Brother, publicados em revistas de grande circulação, mas afinal o que é a interseccionalidade? Qual a origem dessa ideia? E como aplicá-la? Esse episódio, que inaugura nossa linha de breves introduções incendiadas, buscará responder essas questões. O objetivo não é esgotar o assunto, mas oferecer uma introdução rápida, porém de qualidade, além de indicar uma trilha de leitura.