#71 Livia Ciabati – Sexismo científico

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Nessa semana, conversamos com Livia Ciabatti sobre seu mais recente artigo Sexismo científico: o viés de gênero na produção científica da Universidade de São Paulo, publicado na Revista de Saúde Pública. Lívia e suas parceiras de pesquisa coletaram as métricas de publicação de todos os professores e professoras da USP para avaliar os efeitos da desigualdade de gênero na carreira científica. Os resultados revelam que os homens vem apresentando métricas melhores que as mulheres em todas as etapas da carreira nos últimos 70 anos e se nada for feito para alterar a situação, a tendência é de que a desigualdade não será superada. Dessa maneira, seu trabalho nos oferece dados empíricos de qualidade que escancaram o sexismo na ciência brasileira.

#70. Interseccionalidade [bii]

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Nos últimos anos, a interseccionalidade se popularizou. A palavra aparece no título de vários livros, em documentos oficiais de governos e até em artigos de opinião analisando o Big Brother, publicados em revistas de grande circulação, mas afinal o que é a interseccionalidade? Qual a origem dessa ideia? E como aplicá-la? Esse episódio, que inaugura nossa linha de breves introduções incendiadas, buscará responder essas questões. O objetivo não é esgotar o assunto, mas oferecer uma introdução rápida, porém de qualidade, além de indicar uma trilha de leitura.

Para aprofundar o estudo:

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.
BILGE, Sirma. Intersectionality Undone: Saving Intersectionality from Feminist Intersectionality Studies. Du Bois Review: Social Science Research on Race, v. 10, n. 2, p. 405–424, ed 2013.
COLLINS, Patricia Hill. Intersectionality as critical social theory. Durham: Duke University Press, 2019.
COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo Editorial, 2021.
CRENSHAW, Kimberlé. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics. University of Chicago Legal Forum, v. 1989, n. 1, p. 139–167, 1989.
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos feministas, Florianópolis, v. 1, 2002.
CRENSHAW, Kimberlé. Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence against Women of Color. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241–1299, 1991.
HANCOCK, Ange-Marie. Intersectionality: an intellectual history. New York, NY: Oxford University Press, 2016
HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, v. 26, p. 61–73, jun. 2014.
KERGOAT, Danièle. Dinâmica e consubstancialidade das relações sociais. Novos estudos CEBRAP, p. 93–103, mar. 2010.
PUAR, Jasbir. “Prefiro ser um ciborgue a ser uma deusa”: interseccionalidade, agenciamento e política afetiva. Meritum, Revista de Direito da Universidade FUMEC, 2013.
YUVAL-DAVIS, Nira. Intersectionality and Feminist Politics. European Journal of Women’s Studies, v. 13, n. 3, p. 193–209, 1 ago. 2006.

#69. Renan Quinalha – Ditadura e a repressão à comunidade LGBT

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Nessa semana, conversamos com Renan Quinalha, que é doutor em relações internacionais e professor de direito da UNIFESP. Nossa conversa foi sobre seu mais recente livro Contra a moral e os bons costumes: a ditadura e a repressão à comunidade LGBT, publicado pela editora Companhia das Letras. Por meio de uma extensa e cuidadosa pesquisa documental nos acervos da Comissão Nacional da Verdade, do Arquivo Nacional e dos arquivos públicos do Rio de Janeiro e São Paulo, Renan investigou a maneira como a ditadura militar brasileira desenvolveu um conjunto articulado e coerente de políticas sexuais para controlar a moral sexual, os corpos e as identidades das pessoas LGBT. Dessa maneira, seu trabalho oferece uma interpretação original para a relação entre a ditadura e a comunidade LGBT, contrariando a tendência de reduzir a repressão da ditadura aos movimentos políticos de oposição e à luta armada.

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